sábado, 25 de fevereiro de 2012


Vagueia minha mão no espaço
tateanto o vento forte que amansa o mar
venha fé me encontre neste círculo
encoste-me na parede
levante-me deste chão de pedra
faça-me sumir no espaço
acalme minha alma
enche-me de sabores
livra-me dos desamores

Venha fé
permita-me ser uma mulher enluarada
que se curva frente à noite mortal
quero desprezar este fel
e acolher as nuvens mansas


Venha fé
como uma amiga sumida
que retorna para acalentar o coração
dê-me novos dias
novos rumos
sare meus pés cansados
desta estrada inacabada

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


Criei um tapete colorido sob seus pés
para que nele caíssem todas as palavras insanas
ditas pela sua boca
Criei uma nuvem passageira para
livrá-lo das crises terríveis
Criei um sol para aquecer seus pensamentos frios
mas não consegui criar um porto seguro
e todas as noites vagueio
na beira do cais
esperando
sua chegada

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Fim




E a cada estação
tudo era menos
o olhar mais raro
o contato menor
as palavras engolidas
as lembranças ressentidas
a saudade esquecida
e o coração apavorou-se
diante do nada