quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Bebo poesias
porque não cabe neste corpo
tantos sonhos

Vivo num mundo
em que as palavras
transpiram por meus poros

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Beatriz


Beatriz foi um sopro

Esqueci-me de olhar para ela

Nas manhãs de sol

E nas noites de lua cheia

Também não me recordo

De ter encontrado seus olhos

Na imensidão do mar

Pobre Beatriz

Ou pobre talvez tenha sido eu

Por não ter percebido que eu era a Beatriz

domingo, 14 de novembro de 2010


Eu a vi perder-se
no meio de um temporal

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Veias


Sinto uma intimidade inibida
com minhas veias
que saltam em minhas mãos pulsantes
sobre a pele branca

Que líquido estranho corre em mim
Às vezes penso que o líquido da vida
É também o da morte
E durmo ignorando o trem-veia
que corre em mim