domingo, 25 de setembro de 2011

Olhos


Meus olhos castigam minha alma
porque não permitem se secar ao sol quente do planalto central

meus olhos castigam minha alma
porque se escondem neste véu
e lá fora o mar brinca com o céu

meus olhos castigam minha alma
porque permitem que o grito os feche
e se fechados
não veem o vento a saborear a mata

Mas, em alguns momentos
sinto que a minha alma os abocanha
e os faz ficar despertos

nessas horas tão raras e imprecisas
meus olhos se aquietam
e vejo luzes que não existem aqui
sinto sonhos que insistem em voltar
toco algumas mãos
que dançam no espaço

talvez seja este o instante perfeito
entre o delírio e a morte

sábado, 17 de setembro de 2011

Não ... mais


Eu já não posso mais seguir o norte
E vivo aqui num mundo estranho
tentanto habitar neste recorte